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 Cultura
Sexta-feira - 30/09/2022

Dia 30 de setembro celebrado em Mossoró com o Cortejo da Liberdade

Por: Thiago Braga
Foto: Allan Phablo (Secom/PMM)

Nesta sexta-feira (30), feriado da Abolição da Escravatura em Mossoró, grande público compareceu à avenida Rio Branco para prestigiar o Cortejo da Liberdade. O desfile marcou o encerramento das comemorações do Mês da Liberdade no município.

O Cortejo da Liberdade levou para o Corredor Cultural quatro momentos: cívico, militar, cultural e comemorativo. O evento foi aberto com a apresentação da Banda de Música Arthur Paraguai e ainda contou com as participações de escolas e unidades de educação infantil da rede municipal, forças de segurança e SAMU.

O momento cultural destacou fatos históricos de Mossoró, a exemplo do Motim das Mulheres; Abolição da Escravatura; Resistência ao Bando de Lampião; Primeiro Voto Feminino da América Latina, entre outros. Já o desfile comemorativo trouxe para a avenida apresentações de grupos enaltecendo nossa arte e cultura.

“Hoje nós estamos encerrando a programação do Mês da Liberdade com o cortejo. Um evento tradicional realizado no dia 30 de setembro, feriado em Mossoró, relacionado à libertação dos escravos cinco anos antes da Lei Áurea. Toda programação do mês de setembro retrata os fatos relacionados à liberdade”, elencou Etevaldo Almeida, secretário municipal de Cultura.

Mossoroenses, orgulhosos da história de liberdade e pioneirismo, compareceram em bom número ao Corredor Cultural. "É uma data muito importante para a história de Mossoró. É bem emocionante, porque a minha filha vai dançar, desfilar. Então é muito importante para a gente prestigiar", disse a dona de casa Gildete Silva.

“É uma data muito importante. É um marco na história de Mossoró, onde muitos mossoroenses celebram. Estive também assistindo ao ‘Auto da Liberdade’ que é muito importante para a nossa cultura e para que todos possam conhecer a história de Mossoró”, declarou Michele Praxedes, assistente administrativa.

Neste ano, a Festa da Liberdade trabalhou a temática dos elementos da natureza: água, terra, fogo e ar. “Nós realizamos um balanço muito positivo com um público recorde acompanhando o 'Auto da Liberdade', na Estação das Artes. Hoje, mais uma vez, um público significativo, fechando a programação com quatro momentos", frisou Etevaldo Almeida.


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1 Comentário(s)


  • Gregório
    Auto da falta de liberdade em três atos (mais ou menos). Aos grandes diretores teatrais, que no futuro disputaram os direitos autorais para transformarem esses incorretos fatos, em uma peça teatral de verdade, sintam-se todos e todas, devidamente autorizados a desconstruírem as falas, desde de que, sejam fiéis aos fatos. Vamos a eles: justiça seja feita, a monstruosa estátua do governador de mandato ejaculação precoce, o Sr. Dix-Sept Rosado, que fica na praça Vigário Antônio Joaquim, cujo busto foi colocado em uma pracinha em formato de triângulo (figura geométrica-anatômica de pouco conhecimento do sacerdote, em tese), ao lado da catedral, na rua Dix-Sept Rosado, o mesmo que tomou a praça do padre, que por sua vez, ocupa a praça da rua do governador, que teve o mesmo destino dos mamonas assassinas. Não misturemos os fatos, para não confundir os estrangeiros e os visitantes do país dos Monxorós. (calma, não enveredaremos pelo enfadonho academicismo hermenêutico). Alertamos apenas que é uma história complicada, assim como deve ser toda boa mitologia. Pois bem, a referida estátua que precisávamos historiar, poderia muito bem ser de grande serventia, para homenagear os verdadeiros heróis desse paiseco de Santa Luzia. Para tal, obviamente precisaria ser derretida, processo pelo qual o ilustre estatuado, se livraria das decanas camadas de bosta de pombo. E os pobres? Sim, e o povo representado em miniaturas aos pés do Colosso de Rhossado? Deixemos o povo de lado, que nunca foi de grande serventia para os grandes feitos heróicos, com a devida permissão de Bertold Brecht e suas Perguntas de um trabalhador que lê. Miticamente falando, assim como os Romanos descendem dos Troianos, pela mamada de dois gêmeos nas tetas de uma loba, o país dos Monxorós (Não tem loba, mais abundam mamatas, sem trocadilhos), apresenta uma singular mitologia na qual, existiu uma tribo que lhe emprestou, muito a contragosto, o nome. Conta-se que o último pajé anunciou uma profecia que lhe custou a vida, afirmou ele; após longas tragadas em seu cacimbo de erva(s). Na época liberado e pouco usado, e hoje proibido e amplamente consumido. Profetizou que nessa terra Monxoró, ocupada depois por Nossa Senhora do Carmo que foi desbancada por Santa Luzia, haveria de ser governada por uma grande linhagem de franceses fugidos da Paraíba. Foi morto, acusado de conspirar contra os portugueses, em terras outrora ocupada pelos holandeses, que não deixaram mártires por essas paragens, para sorte da Santa de Siracusa. Terrinha disputada, desde de muito tempo, antes mesmo do primeiro cearense aqui chegar. Temos aí, o nosso primeiro herói, o Pajé. Poucas informações ficaram dele, depois das ocupações carmelitas e luzianas, por isso não sei se poderíamos honrá-lo com uma estátua, feita com a coxa esquerda da perna de Dix-Sept, afinal o pajé era de direita e a tribo não praticava antropofagia. Com todo respeito aos fatos, boatos e cronologia, adiantemos no tempo e no espaço. Início do século XX, a industrialização comendo solta, literalmente, na Europa e o nordeste brasileiro era assolado por secas, desigualdades sociais, misticismo, coronelismo e cangaceiros, para sairmos dos ismos. Aos dramaturgos futuros, favor não enveredarem no academicismo que esse fragmento de contexto histórico-social, possa sugerir. Não sugerimos morte ao academicismo hermenêutico, para não produzir mártires. O que poderia ser mais chato, que um santo acadêmico normatizado e canonizado? Apenas estamos situando o que se passava, para além das fronteiras monxoróicas, que nesse período chegavam até o atlântico. Território desmembrado, hoje serve de balneário para os mossoroenses, atual denominação dos monxorós. Tibau está para eles, assim como Cuba estava para os Estados Unidos antes da revolução. Se não gostou vá pra Cuba, desculpa, digo Tibau. Hebreus, Judeus e Israelenses, simples assim entender a evolução monxoróica. Corria, na verdade se arrastava, o ano de 1927 e a elite monxoroensse dançava tranquilamente no clube Ipiranga, atual Ruínas do Aceu, os ritmos da moda. Danças recatadas e do lar, executadas por cidadãos de bem, cumpridores de seus deveres sociais e matrimoniais. Numa vesperal, hoje chamada de balada, esquentavam as turbinas das suas senhoras, para logo mais deixá-las a ver navios ( já dissemos que tinha mar) em suas casas, enquanto iam varar a noite no alto do louvor, sem trocadilhos por favor. Mas, isso é outra peça que não poderia ser encenada na estação das Ventanias. A modorrenta e enfadonha vesperal, foi interrompida pela chegada de um bando de cangaceiros, entre os quais destacamos o nosso futuro segundo herói, o Sr. (Sim, O Sr.) Massilon. Já corria, há dias a notícia de que o bando de Lampião iria invadir o país, o prefeito já havia informado as autoridades internacionais (na visão do país de Mossoró) estaduais de Natal, fato esse que vai dar origem ao terceiro herói, dessa tão heróica história ( Spoiler). Dançavam, pois quase ninguém acreditava na possibilidade de tal invasão. Fatos conhecidos, que cuidem os historiadores, vamos aos desconhecidos, terreno dos sem lei, corporação ou ofício. Sim, nosso segundo herói é Massilon e como trata-se de uma peça democrática, iremos disponibilizar um google forms, cujo link será repassado para a plateia. Adiantamos as perguntas, as conclusões ficam por conta. Havia real possibilidade de Lampião invadir o país? Responderemos essa, pois democracia no país vizinho (Brasil), sempre foi confundida com baderna e sendo esse texto e futura peça dramática e democrática, respondo e não respondo o que bem quiser. A resposta é não, o cangaceiro de um olho só, não invadiria o país de Santa Luzia nem se fosse para conseguir o olho perdido, pois tinha medo de cidades com muitas torres de Igrejas. Entra aqui, a contribuição heróica de Massilon para a Odisseia, que levou a concretização da profecia do Pajé. Ele convenceu o caolho, a invadir o país, com a desculpa de saquear o Banco do Brasil, na versão dos historiadores. Revelou-se posteriormente o real motivo da invasão, conseguir uma bila nova para seu olho cego. Voltemos ao google forms interativo: • O que seria da fama de resistência de Monxoró, se Massilon não tivesse botado pilha em Lampião? Em termos atuais: se Massilon não tivesse dado spoiler de fake News? • Quem seria Rodolfo Fernandes na fila do pão hoje, se o embate não tivesse ocorrido? • Se o governo internacional de Natal, na pessoa do Sr. José Augusto ( Nosso terceiro herói) tivesse enviado tropas? • O que seria de São Vicente e sua igreja? Visto ser um santo nada popular, digo influencer, do nível de São João ? Nem provocador de divórcios como Santo Antônio? ( Para se divorciar, primeiro é preciso casar). • Existiria o Palácio da Resistência, sem resistência ? Se bem que seria mais útil um estacionamento no local, para os fiéis de São Vicente. • Mas, teria fiéis o impopular Vicente, caso não tivesse levado bala? Talvez somente Padre Sátiro celebrando trezenas para Santo Antônio na casa de Vicentão. • E a cidadela, no chuva de balas, se não tivesse havido nem a chuva nem as balas? Cidadela, reduto de cidadãos recatados e do lar, que não precisam mais frequentar o auto do louvor. Voltaria para lá? • Onde viveriam os moradores do conjunto resistência? Quem ouviria a FM resistência? • Como Dix-Huit, o Alcaide, que viajou para a China (mas não acabou como os Mamonas Assassinas), teria inspiração para seus discursos? Acreditamos já serem motivos suficientes para Massilon ser imortalizado, com uma estátua da coxa esquerda do Colosso embostado pelos Pombos, que não teve serventia para o Pajé. Coxa esquerda pode para cangaceiro ? Pode, Lampião não atacou Prestes. Caminhemos para frente em nossa História, indo para trás, em busca de novos e verdadeiros heróis. Chegamos na segunda metade do século XIX, e quem sabe encontraremos também heroínas (spoiler). Contextualizemos: O país vizinho, o citado Brasil, estava envolvido em um grande quebra bau, (Bau mesmo). Falamos da tão conhecida (somente pelos paraguaios) guerra do Paraguai, onde lutavam juntos sobre as ordens de Elizabeth II, Brasil, Argentina e Uruguai, contra o então original, Paraguai. História grande, não nos interessa, cante sua aldeia é serás monxoroensse, plagiando não sei quem, não sei de onde. Mas, está valendo, pois todo autêntico monxoroensse, não tem um pingo de sangue Monxoró, porém estavam querendo derramar esse bastardo sangue, em solo distante, no não menos, falsificado hoje, Paraguai. Chegamos em outro divisor de águas do Rio Monxoró, e da história pátria. Não tivemos Moisés, mais abundantes Monsenhores. O Imperador do Brasil, resolveu recrutar homens nas terras de Santa Luzia. Surge assim, mais personagens para o panteão, no episódio do Motim das mulheres. Temos um empasse, é preciso escolher uma heroína ( os candidatos à herói estavam cagando nas ceroulas) em um ato coletivo. Vamos de fato ao ato (heroico), os homens em idade de servir ao exército seriam recrutados para a tal guerra do BAU. isso era inadmissível, pois como iriam gerar os filhos que dançariam na vesperal interrompida por nosso segundo herói? Várias senhoras, e aqui citamos a título de representar todas, a Sr. Alzira Soriano, reuniram-se para garantir a existência dos futuros frequentadores do clube Ipiranga e por tabela do alto do louvor, sem trocadilhos. Pratiquemos novamente a democracia, em um plebiscito, mesmo sobre um fato num tempo pré-Ciro Gomes: • Quais as verdadeiras razões dessas valorosas senhoras? • Porque os valentes ( mas, não ainda resistentes) homens não se rebelaram? • Caso as mulheres já usassem calças, como eles teriam se escondido atrás das volumosas saias? • Estariam essas senhoras cansadas das reclamações das escravizadas? • Quem vocês acham, que lavavam as ceroulas sujas (mais do que o normal) dos valentes homens, ainda não resistentes, frente ao medo de virarem combatentes? • Se 1883 tivesse vindo antes de 1875, teriam sido libertadas as escravizadas que lavavam as ceroulas dos valentes, ainda não resistentes, muito menos combatentes? • Se a Sra. Alzira não agiu sozinha, quem vamos representar, estatuando no nosso panteão, com o bronze da perna direita do colosso? • Seria correto simbolizar com as panelas das senhoras, que não cozinhavam, mais ordenavam as escravizadas na cozinha das famílias valentes, ainda não resistentes nem abolicionistas (spoiler) ? Já que estamos no século XIX, outro fato marcou a história e merece registro nesse auto. Chegamos agora no ponto central dessa heroica urbe, momento máximo que vai tornar a polução já valente, ainda não resistente, em abolicionistas e libertários, mais ainda e nem nunca revolucionários barbudos. Ano de 1883, libertação dos escravizados em Mossoró, isso mesmo, completa-se a metamorfose final dos Monxorós, dando enfim identidade nacional e nomeando posteriormente, metade ou mais das ruas, praças, enfim; a cidade da Abolição. Talvez fosse o caso de lembrar que não tínhamos internet e ninguém seguia os blogs cearenses, principalmente da cidade de Redenção, apesar dos inúmeros cearenses aqui residentes. Sem ofensas aos ilustres vizinhos, lembre-se que até mesmo Santa Luzia quando veio de Portugal, desembargou primeiro em Aracati, mas preferiu não pernoitar em Canoa Quebrada. Mal sabia a Santa sobre os vesperais noturnos por trás da futura caixa d’água da Alberto Maranhão. (Spoiler temporal histórico-hídrico-sexual). Lancemos mão novamente do recurso midiático-democrático de lançar perguntas para a plateia: Questionemos: • A terra é plana? ( Pergunta necessária, precisamos saber com quem estamos lidamos). • Sendo plana você admite a teoria da Pangeia e a deriva dos continentes? Levando em conta, um não para a primeira e um sim para a segunda pergunta, vejam vocês as artimanhas do destino. Calhou o nordeste brasileiro de sair do sovaco da África. E, consequentemente um clima não propício para o cultivo do café, porém depois em outra era geológica, descobriu-se propício para o cultivo do melão. (O Título deveria ser Spoliando) Isso será de muita serventia para uma nova leva de paraibanos fugidos, que não foi prevista pelo Pajé. Essa gente, nem resistente, nem valente e menos ainda abolicionistas, ocuparam uma faixa de terra denominada fazenda São João. Mais uma vez, Vicente fica de fora e devedor de Massilon, cujas balas lhe trouxeram fama, poucos fieis e escassos dízimos, compensados por sucessivas reformas, com preservação das marcas das balas do herói. Foi uma pequena interrupção, necessária, pois sabemos que a primeira pergunta exige tempo para discussões e reflexões. Tratemos da libertação. • Caso a deriva continental, ocorrida sem planejamento nenhum (assim como tudo no Brasil), o nordeste do Brasil não tivesse saído do sovaco da África, mais das partes íntimas da mãe-África de Chico de César? • Qual o sentido da pergunta anterior ? Calma, mais difícil foi decidir se a terra é plana. Levando em conta que, com essa deriva geológica-genital dos continentes, o melão seria improvável e no século XIX, a vibe era o café, tudo seria diferente. Menos para São Vicente ( Ele é padroeiro do café?, ou de outra coisa qualquer?). Mais uma intervenção autoral na terra da liberdade. • Se nessas luzianas paragens, verdejassem grandes cafezais, os então senhores do algodão e do sal, futuros senhores dos royalties do petróleo, agora cafeicultores, teriam libertados seus inúmeros ( e não escassos) escravizados? • Conspiraria a maçonaria contra os endinheirados fazendeiros que por coincidência, também maçons e dançarinos do clube Ipiranga, interrompidos no outro episódio, no dia que não foram terminar no alto do louvor após o vesperal ? • Estrangeiros franceses/paraibanos abririam farmácias ou cafeterias, para enriquecerem e concretizarem em partes a profecia do Pajé ? • Sem a libertação dos escravizados, agora necessários para a colheita do ouro verde, o que seria do complexo, sem iluminação, dos Abolições? • O que seria da Escola Trinta de Setembro, onde estudou uma futura heroína (spoiler) ? Adendo necessário: Não estaria hoje abandonada, pois nunca teria existido, como abandonar o que nunca existiu ? (Dilema dramático/filosófico). E como entender o abandono do que existe? • Farmacêuticos ou cafeicultores teriam ocupado o terreno político da mesma forma? • Para quem Raimundo Nonato iria cantar loas para se tornar escritor na terra de Santa Luzia, se não houvessem franceses paraibanos nunca valentes, porém agora resistentes e abolicionistas? Para não perder o fio da meada, da deriva continental para abolição dos escravizados, adiantemos para a primeira metade do século XX e o contexto político-pedagógico da época. Estudou na Escola 30 de Setembro, uma menina que se tornaria heroína nacional, por um fato que nem ela mesma entendeu. Falamos da mulher que trouxe o futebol para Mossoró, traduziu as regras e organizou os primeiros jogos, mais não lhe foi permitido seguir carreira futebolística, no entanto, ganhou o direito de votar. Feito grande, de história grande, que como já dizemos não nos interessa, que lutem os historiadores. É chegada a hora de juntar os pontos claramente destacados, que foram criadores da identidade nacional mossoroense. O Motim das mulheres, a antecipação da abolição dos escravos, a resistência ao bando de lampião e o primeiro voto feminino. Esses fatos deram origem a uma peça teatral, de autoria do jornalista e poeta popular Crispiniano Neto, e que já teve diretores de renome nacional como, Amir Haddad, Fernando Bicudo, Antônio Abujamra, Gabriel Vilela e Marcelo Flecha. Como dito no primeiro parágrafo desse texto apócrifo, esperamos que esses senhores ( mesmo que já tenham morrido), um dia se digne a dirigirem nossa versão, que defendemos por ser a mais pura verdade, não ser academicista/hermenêutica nem de tradição francesa-paraibana. Na nossa versão ou na de Crispim (para os íntimos), o fato é que o Auto da Liberdade, veio culminar toda a trajetória do País de Mossoró, desde do Pajé até a sequência dos franceses paraibanos, descendentes de farmacêuticos, chegando na novíssima etapa política nacional-municipal. A ascensão de um novo líder, possível futuro clã, oriundo não mais da Paraíba, mais do Vale ( para parecer história grande) do Chafariz, o clã do ex-menino, ex-pobrezinho e atual resistente, não sei se valente, porém crente deixando, mais uma vez, de fora Vicente, salvo, como sempre pelas históricas balas em sua reformada fachada. Fatos falados, contados, recontados, manipulados e por que não plagiados? A consciência de que o imaginário e seu poder simbólico ainda têm força de provocar adesão e de que essa identificação com o passado distingue os Rosado e de que os desfiles cívicos nesses tempos de mídia televisiva não motivam a paixão (ingrediente essencial no polimento dos mitos), a prefeitura da cidade, sob o domínio desse grupo familiar, é incentivada a montar uma nova festa. (Farsa ?) Assim falou o grande mestre José Lacerda Felipe, no excelente artigo, Festa e Poder Político, do qual retiramos descaradamente o parágrafo anterior (com exceção da farsa), ou como diriam os estudantes, fizemos um CRTL-C CRLT-V. Na nova conjuntura política da Urbe, como serão utilizados esses fatos, ou melhor dizendo, como serão manipulados pelo novo grupo que se diz contrário aos Rosados? Haverá ruptura histórica na terra resistente, abolicionista e sufragista, porém nunca revolucionária. Recorramos a São Vicente que quase não tem trabalho, só holofotes, e novamente a nossa já usual prática democrática/dramática, lacemos as perguntas ao populacho espectador, com sentimento resistente, quiçá valente, porém nunca consciente: • Que liberdade é essa tão falada, cantada, porém não vivenciada? • Como o atual e azulado Alcaide vai trabalhar um material histórico que foi legitimador do grupo político, que afirmar ser antagonista? • Como realmente estão as mulheres no país de Celina eleitora (e nunca goleadora), que só votou com a tutela/chancela do marido? Continuam tuteladas? • Existe feminicídio no país de Alzira Soriano e companheiras que defenderam os marmanjos do perigo da guerra ? • Mossoró do Motim das mulé-macho (calma, que disse isso foi Gonzagão), da resistência ao cangaço e sufragismo Celinista/Eliseu (Viana, não Ventania). Como participou nos demais eventos (inter)nacionais do estado e do país? • Mossoró por seu passado; hoje conseguiu igualdade de gênero na sua sociedade? • Mossoró do primeiro voto feminino, que tipo de representantes políticos tem escolhido ao longo do tempo? • Irão os mossoroenses lutar na guerra da Ucrânia com a Rússia? Quem vai se amotinar dessa vez? • De que lado das trincheiras políticas está seu povo e seu azulado representante? • Mossoró abolicionista pode pedir votos para o Senador Rogério Marinho, defensor da reforma trabalhista, quase escravista, mas nunca lulista? • Com o mesmo argumento poderia o religioso e azulado Alcaide pedir votos para Bolsonaro, que considera o nascimento de uma filha, como fraquejada? Na terra de Celina, que não jogou futebol, mais votou? E o que dirá as caveiras das mulheres que evitaram que os homens fraquejassem no Paraguai? • Afinal de contas, que passado glorioso é esse que resulta num presente tão decepcionante e um futuro tão azul como a TCM sem sinal? Portanto, os cidadãos elegem os Rosado para cumprir essa sagrada missão, enquanto a cidade permanece nesse imaginário como uma fortaleza inviolável que, pela ação das suas elites, vai estar sempre pronta para aniquilar as ameaças que vêm do seu exterior. Não precisa dizer que descaradamente copiamos novamente o mestre Lacerda. (não o Carlos, mas o Felipe). Mas, agora não são os Rosado. O que esperar do ex-menino, ex-pobrezinho da estirpe do Chafariz? Espera-se coerência e não repetição e manipulação dos fatos e atos (heróicos). Voltemos a Lacerda: No Auto da Liberdade, as imagens e o discurso presentes no espetáculo não fazem referências aos fatos negativos, a exemplo do suplício do cangaceiro Jararaca do bando de Lampião, que, depois de baleado no confronto com os defensores da cidade, teria sido enterrado vivo. O fato é notório e entrou no imaginário religioso da cidade, pois o seu túmulo virou local de depósito de ex-votos por promessas alcançadas. Por sua vez, as romarias para visitação têm seu auge no dia de finados. No imaginário popular, o cangaceiro supliciado virou santo, mas, mesmo assim, o seu suplício e sua história não aparecem no texto do espetáculo, nem nos discursos que falam da resistência da cidade à invasão do bando de Lampião. Fechamos nossa tentativa de escrita democrática/dramática, porém não acadêmica, com outro descarado plágio de um parágrafo inteiro (o anterior), para denunciar que na edição desde ano da (des)graça de 2022 (Seria o ano Vicentino? Isso já está virando implicância, nada pessoal, Vi), o auto da liberdade será encenado com um agravante fato, ocorrido ainda no período dos ensaios. Fato esse que, atenta contra a memória de todas as mulheres mossoroenses do passado resistente/combatente até as dos tempos atuais e azulados. Um dos atores do espetáculo, assediou várias participantes do evento. Isso, mesmo, no Auto da Liberdade que, enaltece as glórias do país de Mossoró, um Ator/Diretor/Psicólogo/ tarado nas horas vagas, profanou e ofuscou toda e qualquer tentativa de salvação/redenção dessa cidadela, que se arvora a condição de País. Quem salvará essa cidade? Haverá no alto do louvor alguma renitente Geni? Passou o tempo dos Zepelins, temos a Azul. O ex-pobrezinho honrará o compromisso de fazer a diferença e num ato de bravura nunca visto, nessa terra de tanto heroísmo e pouca bravura, no dia 30 de setembro de 2022, dará o grito de Independência desse passado manipulado? A data é propícia, bicentenário da independência que nunca houve, que o sucessor de Rodolfo, também faça o que nunca houve em Mossoró. O que seria? A verdade?, A Justiça? Fica ao gosto da plateia. Por tabela, também seria redimida a imagem do protagonista da Independência, sempre relacionada a sua vida privada-sexual-terceirizada (Ao gosto de Rogério Marinho) de D. Pedro I. Agora sim, um proclamador reformado, recatado, azulado, midiático e do lar. Pedimos licença poética, primeiramente por não ser nem poeta nem possuir sangue monxoróico, para sugerir um final que junte todos os fatos, tão claramente aqui destorcidos e limpos do morfo dos acadêmicos, e pagando uma dívida histórica, anexemos o esquecido Jararaca e seu trágico destino. Ato final: Encenação real da morte de Jararaca, santo com mais fiéis do que o velho Vicente, baleado véi de guerra. Para redenção de todos os pecados dos antepassados até os atuais, para compensar os anos de esquecimento de Jararaca, para lavar a honra do próprio espírito de Mossoró, da liberdade, da chuva de balas, das putas do alto do louvor, etc...Todos e todas que foram ofendidas nos bastidores dos ensaios do espetáculo desse ano, propomos UM SACRIFÍCIO HUMANO. Isso mesmo, abismados diretores e plateia, finalmente um fato digno dos Astecas e Maias na terra dos Monxóros. É preciso calma, estamos diante não somente de um final de espetáculo, mas da redenção de um povo, de uma virada no tempo-espaço, do nascimento oficial e real de um País, portanto não venham com mimimi, precisamos de um bode expiatório e para não ser politicamente incorreto, deixemos o caprino para ser imolado somente na sua festa anual, em que o homenageado vira buchada. Temos a solução para o impasse, digo sacrifício, usemos um psicólogo expiatório, sim, aquele que manchou um passado de glórias de uma nação. O Ator/diretor/psicólogo e tarado nas horas vagas, terá a oportunidade de se redimir, protagonizando na sua última e visceral atuação, a morte de Jararaca. Triunfo total. Redimido e eternizado em uma lápide feita com a parte pombalina, do derretimento da Estátua do Colosso, ( se necessário, volte ao início, desmemoriado diretor/leitor). Muita coisa ficou de fora, assim como muito bronze sobrou, que surjam novos e verdadeiros heróis e heroínas, valentes, resistentes, combatentes e principalmente eleitores conscientes. O Bronze esbanjado pelos Rosados na monstruosa estátua, aguarda para ser moldado no formado dos que de fato, merecem ser eternizados e festejados, no Auto agora redimido por sangue e cronologicamente transferido para o dia 01 de Abril. ___________ Pelo espírito de Gregório de Matos. Psicografia do Médium e Alcoólatra: Greg da Baixinha.